Soturno vazio que plagias o verbo
A carne fria querendo queimar
Insólito casulo que faz atar
Intrépida amoral que cultua o amar.
O peso das ruínas do altar
O gelo, o frio mármore do desterro
Onde encontro o fogo lúgubre
Do desejo incolume.
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Como saber,
se não há o querer
verdadeiramente,
de entregar-se ao viver
ao lado dele
Pois que,
se é outro que o coração clama
e pede retumbante
as ruinas são apenas o deslance
de um caminho
A muito escolhido
Por uma tímida menina,
Mulher,
Com a certeza desverbada
Mas, tanto anunciada,
Com olhares e gestos.
O que fazer?
Se você não encontra é porque não quer ver
Sua alma sorrir
Por outro alguem
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